Momento Atual do Futebol Brasileiro: Hora de assumir responsabilidades e reconstruir o futuro!
A derrota da Seleção Brasileira para a Argentina por 4 a 1 não pode ser tratada como apenas mais um resultado negativo. Ela precisa ser compreendida como um reflexo profundo da crise estrutural, metodológica e filosófica que o futebol brasileiro atravessa há anos — e que, infelizmente, muitos insistem em ignorar.
Ao longo da partida, ficou evidente que a diferença entre Brasil e Argentina não está apenas na execução técnica, mas na clareza de ideias, no comprometimento coletivo e na fidelidade a um modelo de jogo bem definido. Enquanto a Argentina soube o que queria fazer do primeiro ao último minuto, o Brasil oscilou entre o improviso e a desconexão, revelando a falta de identidade e preparação.
Como Diretor Técnico e profissional com mais de três décadas dedicadas ao futebol em países como Brasil, Japão, Coreia do Sul, Qatar e Estados Unidos, acredito que esse resultado não é um acidente. É um alerta. Um grito do futebol exigindo mudança.
O problema não está só no campo. Está na estrutura.
Não faltam talentos no Brasil. O que falta é projeto. Direção. Planejamento. Coerência. Seguimos formando jogadores com técnica admirável, mas sem o necessário entendimento coletivo do jogo. A ausência de uma filosofia nacional, de uma metodologia clara que conecte base e profissional, expõe a Seleção em jogos de alto nível.
O futebol moderno exige inteligência de jogo, domínio dos cinco momentos, ocupação racional dos espaços e tomada de decisão com base em leitura tática. Isso não se improvisa. Se constrói — e se constrói desde a base, com treinadores preparados e uma cultura de excelência no processo.
O que podemos esperar daqui para frente?
Se nada mudar, continuaremos oscilando entre lampejos individuais e frustrações coletivas. Mas se tivermos coragem de enfrentar o problema com seriedade, é possível reerguer o futebol brasileiro com os seguintes pilares:
Formação de treinadores com base em metodologias sistêmicas e pensamento tático moderno;
Criação de uma identidade nacional de jogo, que una o talento brasileiro à inteligência coletiva;
Integração real entre categorias de base e o profissional, com foco no processo e não apenas no resultado;
Gestão técnica de longo prazo, blindada do imediatismo e alinhada a princípios claros de evolução;
Valorização da educação esportiva, da leitura do jogo e da construção de modelos de jogo baseados na coletividade.
Conclusão
O 4 a 1 sofrido contra a Argentina dói, mas pode representar um ponto de virada — se houver visão e comprometimento. O Brasil tem, sim, condições de voltar a liderar o futebol mundial. Mas isso exige muito mais do que convocar os melhores nomes: exige um plano, um modelo e uma filosofia que una o país em torno de uma ideia de jogo e de desenvolvimento.
Estou à disposição para contribuir com essa reconstrução. Acredito na força do futebol brasileiro, mas sei que sem estrutura, conhecimento e liderança técnica, o talento não é suficiente.
“O futuro do futebol brasileiro depende da coragem de romper com o improviso e abraçar o conhecimento.”
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